Na última quarta-feira, dia dos namorados fiquei sabendo que a Presidente de um grande país, estava indo embora da cidade onde moro (de onde a revolução pela igualdade e respeito ao cidadão desta terra gigante começou e inspirou milhares de jovens à irem às ruas novamente lutar pelos seus direitos). Ela precisava dividir a responsabilidade de responder ao povo, que já estava nas ruas há dias. Porém, ela não poderia deixar de consultar seu antigo companheiro (de idéias e sonhos). Apareceram para ela o senhor supra citado e um daqueles senhores conselheiros, que julgam o povo um reles detalhe de uma fonte inesgotável de proventos. A quem não se dá respostas, mas sim discurso vazio com explicações vagas e falsas.
A senhora em questão, saiu da grande cidade muito desiludida, me disseram até que chorando bastante dentro de seu jatinho. O destino do vôo foi a volta para casa para ser confortada pelos espíritos dos antigos "inconfidentes", que foram traídos e tiveram seus sonhos destroçados por aqueles em quem confiaram. Pois, este era o sentimento com qual saiu daquela reunião em que foi "aconselhada" a jogar na lata de lixo as palavras que escreveu ao seu povo. Para demonstrar fidelidade a quem lhe ajudou ela deveria trocar seu pronunciamento por aquele que seria mais eficaz, afinal ela era mulher e o discurso que a plebe deveria assistir e ouvir deveria ser escrito por dois homens inteligentes o suficiente para enganar milhares de pessoas. Ela se enganou prestando fidelidade... e ontem ela chorou de novo, pela vergonha de ter subestimado a inteligência de quem lidera. Porém, nada está perdido para aquela senhora, pois seu verdadeiro discurso foi encontrado pelo faxineiro e aqui está na ïntegra, se ela quiser poderá fazê-lo a qualquer momento, basta escolher entre o povo e o impeachment.
"Pronunciamento da Dilma:
Minhas amigas e meus amigos, todos nós estamos acompanhando as
manifestações, elas mostram a força da democracia. E eu estou envergonhada de não ter correspondido às expectativas de todos vocês que votaram em mim. Estou desiludida ao lutar todos os dias para vencer a resistência daqueles que não nos querem ver crescer e despontar no cenário mundial como uma Nação próspera, educada e saudável.
Brasileiros, as manifestações trouxeram
bonitas lições. As tarifas baixaram. Temos que aproveitar o vigor dessa
manifestação para continuar mudando. A voz das ruas precisa ser ouvida e
respeitada, por isso estou aqui para responder a vocês cada um dos itens que vejo nas faixas e passar a partir de hoje a consultar a população quando as decisões incidirem em seu cotidiano, como fazem as grandes e sérias democracias do mundo.
Irei conversar com chefes dos
governos para unir esforços. Do país todo. Para um grande pacto com o povo em
torno da melhoria do serviço publico:
1. seriedade na criação do plano nacional da mobilidade urbana;
2. transparência na destinação do dinheiro dos para educação;
3. equipar o SUS, acabar com os genéricos (que matam aos poucos a população desinformada que não pode pagar por medicações eficazes, sustentando a máfia dos médicos e donos de laboratório que exploram hospitais e clínicas);
4. auditar hospitais, clínicas e planos de saúde para que ofereçam serviços decentes;
5. fortalecer a educação dos médicos deste país e criar oportunidades para eles possam servir com integridade uma medicina humanizada de alta tecnologia e avanços para todos os brasileiros em todas as partes do território nacional.
6. punir os políticos corruptos com vigor;
7. destituir das comissões políticos que foram investigados e que carregam provas de corrupção contra esta nação;
8. fortalecer a educação pública deste país com professores bem remunerados e planos de carreira que favoreçam sua constante atualização.
Se Não respondi a tudo, anuncio que vou receber os líderes da manifestações pacíficas para que possamos EXECUTAR os projetos sociais que FAVOREÇAM nossa sociedade, que não foram neste discurso contemplado.
É a cidadania e não o poder econômico que deve ser ouvido em primeiro
lugar. Quero e vou fazer uma reforma política com o povo. Temos que adotar medidas para
que o cidadão tenha mecanismo de controle mais abrangentes sobre seus
representantes, por isso a lei de acesso a informação, sancionada no
meu governo, será ampliada os governos estaduais e municipais. A melhor forma
de combater a corrpução é ter transparência.
Por isso A COPA agora é responsabilidade da FIFA. Que os empresários que a trouxeram paguem pelo que já foi gasto.
O Futebol e o Esporte não serão usados como pão e circo nesta nação!
Boa Noite e me perdoem por não ter me pronunciado a mais tempo e me desculpem se por estes anos não demonstrei respeito por vocês.
Assinado,
a Presidenta sem partido.
sábado, 22 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
E, por favor, não coloquem a culpa no Neymar!
Hoje aprendi uma nova expressão idiomática: "colocando terror". Para vocês, provavelmente esta expressão já seja antiga, porém para quem acabou de aterrissar, talvez vindo de um outro planeta, é nova e para mim soa absolutamente: aterrorizante.
Perguntei ao meu interlocutor, um adolescente, o que significava "colocar terror" e ele me disse que era simplesmente amedrontar as pessoas, aterrorizá-las com atitudes agressivas que causasse danos físicos ou morais. Citando o rapaz ipsis literis temos: "É botar medo mano! Ver o olho brilhar e o cara lá paralizado, se molhando inteiro..."(SIC).
Sabemos que o medo paraliza, sabemos que o medo faz com que as pessoas abram mão de sua liberdade para proteger a própria vida e a vida de outrem. E é claro que quem sabe disso, utiliza todas as artimanhas para que as pessoas se amedrontem e façam o que eles querem e dêem o que eles ordenam.
Sinto que no Brasil o medo é comum, crescemos sob o medo. Desde que fomos descobertos enquanto novo território para exploração, o colonizador implantou o medo através da escravidão, através da falida inquisição pelo o temor a Deus, através do autoritarismo do poder dado aos coronéis, aos ditadores e agora aos nossos parlamentares. As pessoas têm medo daqueles que deveriam ser os protetores, os líderes. Os predarores estão em cada esquina e camuflados, usam moto e capacete, mas também caminham ao nosso lado, decidindo novas leis, ditando como devemos viver, o que vestir, comer e como divertir. E assim, hoje, o terror não é posto apenas ameaçando nossas idéias, mas proibindo nosso direito de ir e vir. Vejam só: em apenas uma tarde em São Paulo, numa mesma região, foram registrados três assassinatos e as vítimas eram trabalhadores que acabavam de receber seus salários. Colocaram terror na saída dos bancos. E agora?
Explodem os caixas dentro das agências bancárias, e agora? Devemos reinstituir o escambo?
Rendem motoristas em plena luz do dia em ruas movimentadas e lhe roubam o carro, e ainda fazem refém crianças inocentes indo para a escola, e agora? Devemos contratar professores particulares e seguranças ao redor da casa?
Atropelam pessoas, arrancam-lhe braços, quando não a própria vida, e agora? Devemos não andar mas nas ruas?
Assaltam pessoas em frente a hospitais, aeroportos, hotéis, e agora? Não poderemos mais ficar doentes, viajar ou hospedar em hotéis?
Fazem arrastão em pizzarias e restaurantes, e agora? Devemos comer em casa ou contratar seis seguranças como fazem os prefeitos das grandes cidades?
Por que o nosso país perdeu o controle da violência urbana nos grandes centros? Por que o Brasil perdeu o controle do crack? Por que o Brasil perdeu o controle das políticas e ações sociais?
Falta ação dos governantes, uns diriam...
Noutros caminhos de pensamento, diria que não aprendemos a usar nossa voz, não aprendemos a lutar pelos nossos direitos (à segurança, à saúde, à educação, etc.) Aprendemos sim a sermos "bons meninos"e "boas meninas" se quisermos ganhar presente de Natal (que hoje se traduz em Bolsa Familia, Bolsa Presidiário, Bolsa Crack e por ai vai). Existem muitos movimentos por aí quebrados, espassados, sem muita massa representativa e com propaganda negativa pela mídia brasileira que manipula as manchetes julgando mocinhos por bandidos desordeiros. Isto já aconteceu em outras épocas, porém a resistência era longa, pois não tínhamos medo. Nosso sonho de uma sociedade justa era maior que o desejo de ter poder. As ameaças, as torturas e prisões não paralizavam porque tínhamos princípio, ética e não nos vendíamos por roupa de grife, bolsa de estudo em instituições particulares de ensino e vagas em intituições publicas. Nós éramos jovens de princípios e valores para o crescimento e fortalecimento do homem publico, no conceito de Richard Senneth. Nós contávamos com veículos de comunicação castrados com censura, mas não tão fútil como a mídia de hoje. E resistíamos e denunciávamos... Colocavamos terror. Mataram e torturaram muitos de nós. Outros se venderam ao poder. Mas não tínhamos medo. Alguns de nós aprenderam portanto, a usar o medo.
Jornalistas estrangeiros que abrem seus notebooks para delatar à comunidade internacional a farsa do "crescimento Brasil" têm seus vistos de permanência cassados, outros são demitidos de seus postos somente porque faziam seu trabalho. Vivemos a censura da imprensa, por colocarem terror na vida das pessoas que a fazem existir. Um terror às avessas com contratos milionários que ameaçam a "liberdade de imprensa" ao ser esta fadada à falência, sem o subsídio dos 1% que detém os índices de "Crescimento Brasil" em seus cofres pelo mundo afora.
Como diria Marilena Chauí: qualquer coisa que eu disser sobre a midia brasileira, seria obsceno! (http://www.youtube.com/watch?v=7Prt_q-nZFc)
Hoje acordei com dezenas de pessoas indignadas, nas redes sociais, com a cobertura da transferência do Neymar para o Barcelona. Devíamos nos importar e nos indignar com as músicas que nossos ouvidos são obrigados a ouvir que só pregam a aberração sexual, o desrespeito a mulher, a indução ao consumo de álcool. Devemos nos indignar com as notícias dos senhores do mensalão, que nos roubaram e permanecem em liberdade. Vamos nos indignar com o pouco que se mostra, pois estes poucos segundos de denúncia à abusiva corrupção que sofremos é a ponta do iceberg que temos a responsabilidade de denunciar, brigar e mostrar que ainda temos dignidade! Deveríamos aprender a colocar terror desmascarando nossos predadores "... botar medo mano! Ver o olho brilhar e o cara lá paralizado, se molhando inteiro..."(SIC). e renunciando a seus cargos, deixando a liderança para verdadeiros líderes.
E deixem o Neymar em paz!
Hoje foi roupa suja e sabão....
Perguntei ao meu interlocutor, um adolescente, o que significava "colocar terror" e ele me disse que era simplesmente amedrontar as pessoas, aterrorizá-las com atitudes agressivas que causasse danos físicos ou morais. Citando o rapaz ipsis literis temos: "É botar medo mano! Ver o olho brilhar e o cara lá paralizado, se molhando inteiro..."(SIC).
Sabemos que o medo paraliza, sabemos que o medo faz com que as pessoas abram mão de sua liberdade para proteger a própria vida e a vida de outrem. E é claro que quem sabe disso, utiliza todas as artimanhas para que as pessoas se amedrontem e façam o que eles querem e dêem o que eles ordenam.
Sinto que no Brasil o medo é comum, crescemos sob o medo. Desde que fomos descobertos enquanto novo território para exploração, o colonizador implantou o medo através da escravidão, através da falida inquisição pelo o temor a Deus, através do autoritarismo do poder dado aos coronéis, aos ditadores e agora aos nossos parlamentares. As pessoas têm medo daqueles que deveriam ser os protetores, os líderes. Os predarores estão em cada esquina e camuflados, usam moto e capacete, mas também caminham ao nosso lado, decidindo novas leis, ditando como devemos viver, o que vestir, comer e como divertir. E assim, hoje, o terror não é posto apenas ameaçando nossas idéias, mas proibindo nosso direito de ir e vir. Vejam só: em apenas uma tarde em São Paulo, numa mesma região, foram registrados três assassinatos e as vítimas eram trabalhadores que acabavam de receber seus salários. Colocaram terror na saída dos bancos. E agora?
Explodem os caixas dentro das agências bancárias, e agora? Devemos reinstituir o escambo?
Rendem motoristas em plena luz do dia em ruas movimentadas e lhe roubam o carro, e ainda fazem refém crianças inocentes indo para a escola, e agora? Devemos contratar professores particulares e seguranças ao redor da casa?
Atropelam pessoas, arrancam-lhe braços, quando não a própria vida, e agora? Devemos não andar mas nas ruas?
Assaltam pessoas em frente a hospitais, aeroportos, hotéis, e agora? Não poderemos mais ficar doentes, viajar ou hospedar em hotéis?
Fazem arrastão em pizzarias e restaurantes, e agora? Devemos comer em casa ou contratar seis seguranças como fazem os prefeitos das grandes cidades?
Por que o nosso país perdeu o controle da violência urbana nos grandes centros? Por que o Brasil perdeu o controle do crack? Por que o Brasil perdeu o controle das políticas e ações sociais?
Falta ação dos governantes, uns diriam...
Noutros caminhos de pensamento, diria que não aprendemos a usar nossa voz, não aprendemos a lutar pelos nossos direitos (à segurança, à saúde, à educação, etc.) Aprendemos sim a sermos "bons meninos"e "boas meninas" se quisermos ganhar presente de Natal (que hoje se traduz em Bolsa Familia, Bolsa Presidiário, Bolsa Crack e por ai vai). Existem muitos movimentos por aí quebrados, espassados, sem muita massa representativa e com propaganda negativa pela mídia brasileira que manipula as manchetes julgando mocinhos por bandidos desordeiros. Isto já aconteceu em outras épocas, porém a resistência era longa, pois não tínhamos medo. Nosso sonho de uma sociedade justa era maior que o desejo de ter poder. As ameaças, as torturas e prisões não paralizavam porque tínhamos princípio, ética e não nos vendíamos por roupa de grife, bolsa de estudo em instituições particulares de ensino e vagas em intituições publicas. Nós éramos jovens de princípios e valores para o crescimento e fortalecimento do homem publico, no conceito de Richard Senneth. Nós contávamos com veículos de comunicação castrados com censura, mas não tão fútil como a mídia de hoje. E resistíamos e denunciávamos... Colocavamos terror. Mataram e torturaram muitos de nós. Outros se venderam ao poder. Mas não tínhamos medo. Alguns de nós aprenderam portanto, a usar o medo.
Jornalistas estrangeiros que abrem seus notebooks para delatar à comunidade internacional a farsa do "crescimento Brasil" têm seus vistos de permanência cassados, outros são demitidos de seus postos somente porque faziam seu trabalho. Vivemos a censura da imprensa, por colocarem terror na vida das pessoas que a fazem existir. Um terror às avessas com contratos milionários que ameaçam a "liberdade de imprensa" ao ser esta fadada à falência, sem o subsídio dos 1% que detém os índices de "Crescimento Brasil" em seus cofres pelo mundo afora.
Como diria Marilena Chauí: qualquer coisa que eu disser sobre a midia brasileira, seria obsceno! (http://www.youtube.com/watch?v=7Prt_q-nZFc)
Hoje acordei com dezenas de pessoas indignadas, nas redes sociais, com a cobertura da transferência do Neymar para o Barcelona. Devíamos nos importar e nos indignar com as músicas que nossos ouvidos são obrigados a ouvir que só pregam a aberração sexual, o desrespeito a mulher, a indução ao consumo de álcool. Devemos nos indignar com as notícias dos senhores do mensalão, que nos roubaram e permanecem em liberdade. Vamos nos indignar com o pouco que se mostra, pois estes poucos segundos de denúncia à abusiva corrupção que sofremos é a ponta do iceberg que temos a responsabilidade de denunciar, brigar e mostrar que ainda temos dignidade! Deveríamos aprender a colocar terror desmascarando nossos predadores "... botar medo mano! Ver o olho brilhar e o cara lá paralizado, se molhando inteiro..."(SIC). e renunciando a seus cargos, deixando a liderança para verdadeiros líderes.
E deixem o Neymar em paz!
Hoje foi roupa suja e sabão....
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